Resenha: Cidade dos Ossos

Cidade dos Ossos é o primeiro livro de Os Instrumentos Mortais, série da americana Cassandra Clare, que também escreveu o spin-off As Peças Infernais e vai lançar The Dark Artifices, retratando o mesmo universo anos depois da conclusão da saga.

Com o fuzuê todo que houve na época em que o filme foi lançado, decidi fazer essa resenha para expor meu ponto de vista acerca dessa história. Começo confessando que já gostei mais dela.
Um mundo oculto está prestes a ser revelado… Quando a jovem Clary decide ir para Nova York se divertir numa discoteca, ela nuca poderia imaginar que testemunharia um assassinato – muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece no ar e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer… Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.
Li Cidade dos Ossos pela primeira vez lá no final de 2010, quando o filme mal passava de um rumor, e gostei bastante da história. A escrita não é o ponto forte da Clare, nunca foi e provavelmente nunca será. É simples ao extremo, o que dificultou a caracterização dos lugares e pessoas e me impediu um pouco de mergulhar mesmo na história. Adoro descrições extensas, e Cidade dos Ossos definitivamente não tem nada parecido. Apesar disso, o livro me agradou sim.

Na época, Crepúsculo ainda estava em alta, e livros como Sussurro, Fallen, Dezesseis Luas e derivados podiam ser vistos em todo canto (bem, ainda podem, mas antigamente eram a regra). Comparado a todos esses, na minha opinião, Cidade dos Ossos é o melhor. O plot é mais complexo e os personagens são um pouco mais desenvolvidos. Há sim muito cliché no que se diz do mundo em si, mas, sinceramente, nada que prejudique a história ou a dê a alcunha de imitação, não importa do quê. Cidade dos Ossos é extremamente diferente de Harry Potter ou Crepúsculo, apesar de ser voltado para (mais ou menos) o mesmo público.

Clary é uma protagonista melhor do que a maioria. Não é perfeita, mas deixa grande parte das outras garotas protagonistas de suas histórias sobrenaturais no chinelo. Jace também não é o melhor mocinho/interesse romântico que podemos encontrar por aí, mas é, pra mim sem dúvidas, o melhor que temos no mundo YA. A relação entre os dois também é melhor do que 90% das que vemos em livros do mesmo tipo, pelo menos no primeiro volume (sinceramente, de Cidade das Cinzas em diante eles ficam insuportáveis, mas aqui, na segurança de Cidade dos Ossos, eles são bons).

Falando do livro em si, o plot é bom. Não excelente. Apenas bom. Há alguns clichés, principalmente se tratando de Clary, mas alguns personagens compensam (sou particularmente fã de Magnus, Isabelle e Alec. Alec é meu favorito).

Além do mais, o livro é engraçado em alguns pontos. O Jace é engraçado. Suas tiradas são ótimas e a interação entre alguns personagens são excelentes (Jace e Alec, Alec e Magnus, Isabelle e Alec, etc). Mesmo que não seja o livro mais perfeito que existe por aí ou sei lá, qualquer título que queiram dar para ele, de entre esses livros novos de romance sobrenatural, Cidade dos Ossos está entre os melhores sim.

O final é a melhor parte, na minha opinião, mas, como já disse, acho que a série cai muito nos próximos livros. Tanto que até hoje ainda não consegui reunir coragem para comprar os dois últimos volumes de Os Instrumentos Mortais e nem Príncipe Mecânico, o segundo de As Peças Infernais. Indico para quem gosta de romances sobrenaturais e algo divertido, sem muito compromisso. Talvez algumas risadas. Mas só.



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