Resenha: Malévola


Faz um tempinho que eu queria ver Malévola, mas acabei deixando de lado por prioridades (cof Como Treinar o Seu Dragão 2 cof). Hoje, porém, meu pai acabou me chamando para ir ao cinema de novo e, bem, fomos. Estava muito animada para o filme, e confesso que saí da sessão um pouco decepcionada. Não muito, mas o suficiente para me incomodar de leve.

Baseado no conto da Bela Adormecida, o filme conta a história de Malévola (Angelina Jolie), a protetora do reino dos Moors. Desde pequena, esta garota com chifres e asas mantém a paz entre dois reinos diferentes, até se apaixonar pelo garoto Stefan (Sharlto Copley). Os dois iniciam um romance, mas Stefan tem a ambição de se tornar líder do reino vizinho, e abandona Malévola para conquistar seus planos. A garota torna-se uma mulher vingativa e amarga, que decide amaldiçoar a filha recém-nascida de Stefan, Aurora (Elle Fanning). Aos poucos, no entanto, Malévola começa a desenvolver sentimentos de amizade em relação à jovem e pura Aurora.
A Malévola que nos é apresentada no início do filme é uma garota bem jovem, uma fada, completamente normal e em nada nos lembrando a temível bruxa de A Bela Adormecida. Ela conhece Stephan, um garoto humano, e os dois se tornam amigos; com o passar do tempo, porém, Malévola se apaixona por ele e pensa ser correspondida. O que, infelizmente, não acontece de verdade. Stephan acaba deixando-a para seguir sua ambição de se tornar rei do reino vizinho e, mais tarde, quando Malévola se torna a líder de seu povo para enfrentar os humanos que desejavam invadir seu reino e matar todas as criaturas mágicas, ele a engana e toma dela algo muito importante. Traída, Malévola se vinga ao lançar a famosa maldição em Aurora, filha do agora rei Stephan.

O filme começou bem e terminou bem. O problema, para mim, foi o meio. Foi um meio sem gosto de meio. Um meio com cara de início, sabe? Sem muita coisa acontecendo, sem muita ação, mais uma pequena enrolada para chegar logo no final, e não um desenrolar verdadeiro da trama. Mesmo que sim, o desenrolar, o que realmente causou o final do filme, tenha acontecido no meio, não foi algo bem desenvolvido. E a culpa por isso eu jogo no diretor mesmo. O filme ficou sem ritmo; como um início que se estendeu demais até ploft, o fim bem na sua cara.

Para resumir, o filme não fluiu bem. A história era interessante, os personagens eram interessantes, toda a produção foi excelente (os efeitos visuais são impecáveis, lindos mesmo), mas houve uma falha no modo de contar a história. Como eu disse, isso me incomodou sim, mas não tornou o filme algo chato ou ruim de se ver. Esperava também algo mais sombrio, e uma Malévola mais malvada, mas sério, a história não puxa quase em momento algum para esse lado mais dark de ser. Isso também me decepcionou um pouco. 

O destaque desse filme é com certeza Angelina Jolie no papel da protagonista. Sempre gostei da atuação e dos filmes dela, mas em Malévola ela está especialmente sensacional. É sério. Os outros atores e personagens até acabam meio apagados, porque a Malévola de Jolie é simplesmente incrível; as expressões, o modo de falar e de andar, tudo ficou perfeito. Sua relação com Diaval, o corvo faz tudo, e com a própria Aurora fazem parte dos melhores momentos do filme.

Outra coisa que me agradou foi algo que agora vejo como sendo o novo modo da Disney de fazer filmes. A ideia da princesa/protagonista precisar de um príncipe/par romântico está pouco a pouco indo embora, e por isso dou graças a Deus. Vimos isso acontecer em Frozen e agora em Malévola, e antes disso em Valente (que é, mas não é da Disney, mas enfim), e eu espero que as coisas continuem assim para os próximos filmes.

Por fim, dou três asinhas e meia para Malévola, mas como não tem como dar três asinhas e meia, vai quatro mesmo. Recomendo para quem gosta de aventura e não se incomoda com o fato do romance não ser a parte principal da história. 

0 comentário "Resenha: Malévola"

Postar um comentário

Obrigado por seus comentários