Resenha: Correr ou Morrer

Correr ou Morrer é o primeiro volume da trilogia The Maze Runner, escrita pelo americano James Dashner. A série ainda conta com Prova de Fogo e Cura Mortal, e também com o prequel Ordem de Extermínio, todos já lançados aqui no Brasil.

Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar - chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.
The Maze Runner é um livro que conseguiu chegar em minhas mãos por pura sorte. Não tinha nada para comprar quando fui na livraria (me lembro que era um Nobel minúscula com quase nada de espaço e ainda menos de livros), mas teimava em tentar encontrar alguma coisa. Ir em uma livraria e não comprar nada é um dos sentimentos mais frustrantes que há para se experimentar, e um que eu evito com todas as forças. Bati o olho, não me interessei muito, mas meu irmão me convenceu a levá-lo simplesmente por insistir que a capa era legal. Então eu comprei. 

Já perdi a conta de quantas vezes me chateei por comprar um livro pela capa, mas The Maze Runner, ainda bem, não foi o caso. A história me conquistou imediatamente por causa do mistério; sou fanática por plots intricados, perguntas aparentemente sem respostas e enigmas complexos. TMR tem tudo isso: Thomas e todos os garotos na Clareira não fazem a mínima ideia do porquê de estarem ali, quem são, quem os colocou ali e, o principal, como sair do Labirinto que cerca o lugar onde vivem. Essa é a história certa para quem gosta de um bom mistério.

Outro ponto forte do livro é o ritmo. A escrita não é das mais ricas, mas se encaixa perfeitamente com a velocidade da história, que é eletrizante. Não há momentos desnecessários; todos são usados para desenvolver o plot e os personagens, que, aliás, são muito bons. Os melhores são, na minha opinião, Minho, Newt e Alby.

James Dashner também utilizou de várias gírias criadas por ele mesmo para fazer com que o leitor se sentisse ainda mais dentro do “mundo” que ele criou. Completamente isolados, os garotos da Clareira acabaram desenvolvendo essas gírias, que uma pessoa de fora, como o Thomas no início do livro, é incapaz de entender. São melhores no original, em inglês, mas a tradução foi bastante feliz nessa questão também. 

O final é ainda mais eletrizante do que a história inteira. Para ser especifica, nas duas últimas páginas, mais ou menos. É quando recebemos aquele “BAM!” que faz você piscar como uma coruja, bestificada. Foi o que eu fiz. Só esse fim valeu o livro inteiro, que já tinha sido ótimo. A maior sacada de toda a história é exatamente o plot twist do final; foi o que me fez querer continuar a série desesperadamente, mas na época o segundo livro sequer tinha chegado aqui e eu ainda não conseguia ler em inglês. O jeito foi esperar. 

The Maze Runner será adaptado para as telonas. Aliás, as filmagens já foram concluídas, mas o filme só será lançado em setembro. Recomendo para quem gosta de mistério, de uma atmosfera de certo modo distópica e de aventura.


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